O dólar fechou em queda de 0,36% na quinta-feira (23), cotado a R$ 5,925, marcando o segundo dia consecutivo abaixo da barreira dos R$ 6. Este é o menor valor registrado desde 27 de novembro de 2024, quando a crise cambial foi iniciada por anúncios fiscais e reformas do governo. O valor do dólar vinha subindo até atingir um recorde histórico de R$ 6,267, mas tem apresentado uma tendência de enfraquecimento desde o início de 2025, refletindo expectativas econômicas mais favoráveis para o Brasil.
Enquanto isso, o mercado segue atento ao cenário fiscal brasileiro, que foi impactado pela pausa nas atividades do Congresso durante o recesso parlamentar. Além disso, as questões internacionais também influenciam os rumos da economia, com destaque para as políticas do presidente dos Estados Unidos. O temor em relação às tarifas comerciais e seus potenciais efeitos inflacionários afetam as expectativas sobre o Federal Reserve e suas políticas de juros, o que, por sua vez, tem impacto direto na atratividade do dólar.
O discurso recente do presidente dos Estados Unidos, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, também gerou repercussões. Ele destacou propostas de redução de impostos, incentivo à produção nacional e ajustes nas taxas de juros. Embora suas declarações sobre a política econômica dos EUA e incentivos fiscais possam alterar a dinâmica global, o mercado segue observando esses desdobramentos com cautela, especialmente em relação ao impacto nas taxas de juros e no valor do dólar.