O dólar apresentou queda significativa no início da semana, tanto no mercado à vista quanto no futuro, atingindo os menores níveis desde dezembro. A desvalorização foi impulsionada por informações de que o próximo governo dos Estados Unidos poderia adotar uma abordagem mais seletiva na imposição de tarifas de importação, reduzindo a expectativa de medidas indiscriminadas. Esse movimento também foi influenciado pela sazonalidade de início de ano e a baixa presença de investidores, fatores que amplificaram as oscilações.
No mercado doméstico, o real se destacou entre as moedas emergentes, acompanhando um cenário global de enfraquecimento do dólar. Especialistas destacaram que o menor volume de negócios e contratos abertos contribuiu para a volatilidade, refletindo um mercado ainda em recuperação após o período de férias. Apesar da notícia, a cautela prevalece quanto à evolução do câmbio nos próximos meses, em função da trajetória fiscal e do risco de endividamento elevado no Brasil.
Projeções de longo prazo indicam que o dólar pode permanecer em torno dos R$ 6, com possibilidade de variações dependendo do avanço das políticas fiscal e monetária. O cenário incerto reforça a percepção de que fatores internos e externos continuarão desempenhando papéis cruciais na definição do valor da moeda americana frente ao real.