O dólar registrou queda no mercado à vista nesta sexta-feira, 24, pelo quinto dia consecutivo, influenciado pela fraqueza global da moeda americana, o que contribuiu para uma pressão menor nos juros futuros. A queda dos rendimentos dos Treasuries também desempenhou um papel na contenção do aumento dos juros. A curva de juros futuros reagiu a um dado inesperado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que subiu 0,11% em janeiro, contrariando a expectativa de deflação do mercado. Com esse resultado, o IPCA-15 acumula alta de 4,50% nos últimos 12 meses.
Além da fraqueza do dólar, o mercado de moedas observou o fortalecimento de outras divisas, como o euro e a libra, impulsionadas por dados positivos dos PMIs europeus. O yuan se beneficiou de um discurso conciliatório do presidente dos Estados Unidos em relação à China, enquanto o iene foi favorecido pela decisão do Banco do Japão de aumentar seus juros para 0,50%. No cenário de commodities, a valorização do petróleo e do minério de ferro ajudou as moedas emergentes, incluindo o real.
O real também foi beneficiado pela diminuição do déficit em conta corrente do Brasil em dezembro e 2024, que ficou abaixo da mediana das projeções do mercado. Além disso, os resultados do Investimento Direto no País (IDP) superaram as expectativas, atingindo US$ 2,765 bilhões em dezembro e US$ 71,070 bilhões no acumulado de 2024. A reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seus auxiliares para discutir medidas para reduzir os preços dos alimentos também é destaque no radar econômico. Às 9h37, o dólar à vista estava cotado a R$ 5,9074, com recuo de 0,31%.