O dólar à vista iniciou o dia com forte valorização, impulsionado pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), mas perdeu força ao longo da tarde, encerrando a sessão com queda de 0,23%, a R$ 5,8528. Essa desvalorização consecutiva do dólar no mercado doméstico é a nona em linha, com uma queda acumulada de 5,30% em janeiro. A reversão da moeda foi influenciada por ajustes técnicos e pela melhora do apetite ao risco, após a divulgação de um déficit abaixo do esperado do Governo Central em 2024, o que indicou o cumprimento da meta fiscal.
O Ibovespa teve um bom desempenho, registrando alta superior a 3%, enquanto as taxas de juros futuros seguiram a tendência de queda, com uma redução de mais de 40 pontos, situando-se abaixo de 15%. A postura do presidente Luiz Inácio da Silva, que reforçou o compromisso com a responsabilidade fiscal e a autonomia do Banco Central, também ajudou a moderar o impacto da valorização do dólar. O mercado, no entanto, ficou atento às expectativas relacionadas à política monetária do país, especialmente após a decisão do Copom de aumentar a taxa Selic para 13,25% e a indicação de um possível corte de 1 ponto na próxima reunião de março.
No cenário internacional, o dólar global apresentou um desempenho misto, com o índice DXY operando em leve queda, mas virando para positivo após o anúncio de tarifas de 25% sobre importações do México e Canadá, feitas pelo presidente dos Estados Unidos. As moedas emergentes e das economias exportadoras de commodities, que estavam se valorizando ao longo do dia, também passaram a sofrer perdas à noite. Por fim, o Federal Reserve manteve sua taxa básica de juros entre 4,25% e 4,50%, com a expectativa de que a política monetária americana continue estável, sem pressa de ajustes imediatos.