O dólar apresentou uma movimentação sem direção definida nesta segunda-feira, 27, recuando em relação a moedas mais seguras, como o iene, enquanto avançava diante de ativos de mercados emergentes. O aumento da aversão ao risco, impulsionado pelos recentes desenvolvimentos em inteligência artificial pela empresa chinesa DeepSeek, levou a uma forte liquidação no setor de tecnologia, causando uma busca por ativos mais estáveis. Em contrapartida, as ações do presidente dos Estados Unidos, relacionadas a tarifas, afetaram moedas de países emergentes, como o peso mexicano e colombiano.
O índice DXY, que mede a variação do dólar frente a seis moedas principais, registrou uma leve queda de 0,09%, enquanto o dólar se desvalorizava frente ao iene, mas se apreciava frente ao peso mexicano. A libra esterlina e o euro mantiveram-se relativamente estáveis. A expectativa para o mercado cambial está centrada na reação do ciclo de flexibilização do Federal Reserve, especialmente caso as correções nos mercados de tecnologia influenciem as decisões de política monetária.
O fortalecimento do dólar é projetado para continuar durante grande parte de 2025 e 2026, apoiado pelo desempenho superior da economia dos EUA e um Federal Reserve com menos propensão a flexibilizar a política monetária. O aumento nos rendimentos dos EUA, as incertezas relacionadas às tarifas e o sentimento negativo em relação à China são fatores que podem pressionar as moedas emergentes. Por sua vez, o Banco Central da Índia anunciou medidas para injetar liquidez no sistema bancário local, devido a um déficit de 15 anos, o que também afeta a dinâmica cambial na região.