O dólar apresentou oscilações nesta terça-feira, 28, operando entre margens estreitas e sem direção clara. Após atingir a mínima intradia de R$ 5,8972, a moeda se recuperou brevemente e atingiu R$ 5,9202, impulsionada pela cautela com políticas externas, como as tarifas dos EUA sobre semicondutores e metais. No cenário externo, a moeda americana avançou frente a outras divisas, enquanto os rendimentos dos Treasuries também subiram. Investidores se preparam para dados econômicos importantes, como a arrecadação federal de dezembro e as vendas de bens duráveis nos Estados Unidos.
A expectativa de uma recuperação na arrecadação federal brasileira, que deve alcançar R$ 258,065 bilhões em dezembro, pode impactar positivamente o mercado. Ao mesmo tempo, o aumento dos preços dos alimentos e o possível reajuste nos combustíveis, especialmente o diesel, continuam a gerar preocupação. A Petrobras se prepara para discutir ajustes nos preços, com estimativas internas sugerindo aumentos significativos tanto na gasolina quanto no diesel. A queda do dólar e do petróleo em janeiro levou a uma diferença nos preços internos, tornando os combustíveis mais baratos no Brasil em comparação com o exterior.
Nos Estados Unidos, a Boeing reportou um prejuízo no último trimestre de 2024, enquanto a moeda brasileira ainda se ajustava no mercado, com o dólar à vista apresentando leve queda e o futuro para fevereiro registrando alta. A volatilidade do mercado segue em um cenário de incertezas políticas e econômicas, tanto internas quanto internacionais, exigindo atenção dos investidores para os próximos anúncios e medidas governamentais.