Após dois dias consecutivos de queda, o dólar fechou a sessão de quarta-feira, 8, em leve alta de 0,08%, cotado a R$ 6,1090. Durante o dia, a moeda americana registrou um pico de R$ 6,15, impulsionada por receios de novas políticas protecionistas dos Estados Unidos, com especulações sobre a imposição de tarifas universais por parte do governo de Donald Trump. No entanto, a valorização foi moderada pela divulgação de dados que indicaram uma desaceleração na criação de vagas no mercado de trabalho dos EUA, o que amenizou as tensões no mercado de câmbio.
A ata do encontro de política monetária do Federal Reserve, divulgada no final da tarde, reforçou a expectativa de que a política de juros será ajustada de forma mais gradual, o que também ajudou a conter os temores relacionados a possíveis impactos inflacionários. A combinação de um cenário interno de maior rigidez fiscal no Brasil e a perspectiva de juros elevados ainda atrai investidores para o real, embora o cenário continue envolto em incertezas. O superintendente de derivativos do BS2 destacou que a taxa de câmbio continua refletindo prêmios de risco elevados, com muitos fatores externos e internos ainda a serem monitorados.
Internacionalmente, o índice DXY, que mede a força do dólar frente a outras moedas fortes, registrou queda após a divulgação da ata do Fed, o que também contribuiu para o enfraquecimento da moeda americana no mercado local. No cenário emergente, o peso chileno foi um dos poucos a se valorizar, impulsionado pela alta do cobre, enquanto a libra esterlina enfrentou dificuldades devido à pressão sobre os títulos públicos do Reino Unido.