O mercado financeiro brasileiro acompanha com atenção os desenvolvimentos econômicos globais nesta quinta-feira (23), especialmente após o dólar registrar uma queda significativa, fechando abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde dezembro do ano anterior. A desvalorização da moeda americana está ligada à eliminação de prêmios de risco e ao alívio das preocupações sobre tarifas protecionistas, com investidores reagindo à expectativa de uma postura mais moderada do governo dos Estados Unidos. No Brasil, a agenda econômica inclui a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) e a divulgação de dados tributários, enquanto nos EUA, os pedidos de seguro-desemprego serão divulgados, sinalizando tendências do mercado de trabalho.
Além disso, a política interna no Brasil envolve discussões sobre o programa “Pé de Meia” e as ações do governo para reduzir a inflação, especialmente nos alimentos, que tem impactado a popularidade do presidente. O governo federal também está lidando com questões relacionadas ao fluxo cambial, que registra um saldo negativo até o momento, além de um movimento significativo no mercado de renda fixa, que alcançou volumes recordes. No âmbito político, há uma reorganização do Senado e reuniões importantes envolvendo ministros para discutir soluções econômicas e sociais.
No cenário internacional, os EUA, sob a liderança do presidente Donald Trump, estão adotando uma postura mais agressiva em relação às tarifas sobre produtos estrangeiros, o que tem gerado tensões com a União Europeia e a China. Trump também reforçou sua postura em relação à imigração e aos programas de diversidade, enquanto na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou sobre as consequências dessas medidas comerciais. O cenário global e as decisões econômicas têm impacto direto nas estratégias de governo e no mercado financeiro, tanto no Brasil quanto em outros países.