Em 2024, investidores com posição internacional na carteira obtiveram resultados significativamente melhores que aqueles concentrados no Brasil. Enquanto o dólar subiu 27%, o S&P 500 e o Nasdaq avançaram 24,9% e 25,6%, respectivamente, o Ibovespa caiu 10,4%, e o Ifix registrou queda de 6%. O destaque foi o índice BDRX, que reflete recibos de ações estrangeiras, com impressionantes 72,19% de alta. Especialistas reforçam que diversificar globalmente protege contra a volatilidade local e garante maior estabilidade, uma vez que mercados externos, como os EUA, oferecem retornos historicamente superiores e ativos mais alinhados às inovações tecnológicas.
Na renda fixa, ativos locais apresentaram retornos positivos, como o CDI (10,82%) e títulos de inflação de curto prazo (6,16%). Contudo, os ganhos foram inferiores aos da renda fixa internacional em dólar, que alcançou 33,36% considerando a valorização cambial. A recomendação de especialistas é evitar especulações com o câmbio e adotar estratégias consistentes, como comprar dólares regularmente e investir em ativos com fundamentos sólidos, como ações, fundos ou títulos americanos, ao invés de focar apenas na valorização da moeda.
Para 2025, os analistas sugerem uma abordagem cautelosa, com a tradicional carteira 60/40 entre renda fixa e variável, dependendo do perfil do investidor. Oportunidades incluem setores ligados à agenda econômica do novo governo nos EUA e ativos resilientes como ações de empresas consolidadas, ETFs temáticos e títulos de curto prazo do Tesouro americano. A exposição internacional recomendada varia entre 10% e 15%, visando diversificação e potencial de ganho no longo prazo.