O dólar teve uma alta nesta quinta-feira, 30, impulsionado por decisões de política monetária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a Selic para 13,25% ao ano, enquanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) dos Estados Unidos manteve os juros entre 4,25% e 4,50% ao ano. Apesar de ambas as decisões já serem esperadas, o Fed retirou uma declaração que indicava que a inflação estava progredindo em direção à meta de 2%, o que gerou especulações de que o banco central dos EUA será mais cauteloso no futuro, reforçando a valorização do dólar.
No Brasil, o mercado também aguarda a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o quarto trimestre de 2024 e dados sobre o mercado de trabalho no Brasil. A alta do dólar está atrelada a uma maior demanda pelos títulos públicos americanos, as Treasuries, considerados seguros, o que contribui para a valorização da moeda norte-americana. Além disso, o mercado observa os impactos da política monetária e fiscal nos dois países, especialmente com a postura do novo governo americano e suas possíveis repercussões inflacionárias.
No dia anterior, o dólar teve uma leve queda de 0,06%, sendo cotado a R$ 5,8656, acumulando perdas tanto na semana quanto no mês. Por outro lado, o índice Bovespa fechou em baixa de 0,50%, mas mantém ganhos no acumulado mensal e anual. A reação do mercado a essas mudanças de política monetária reflete as expectativas dos investidores quanto ao futuro econômico, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.