O dólar apresentou queda significativa no mercado brasileiro, mesmo contra a tendência global de alta da moeda americana. O real destacou-se como a moeda de melhor desempenho entre as principais divisas, beneficiado pela entrada de recursos externos e pela valorização de commodities como petróleo e minério de ferro. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 6,0418, marcando o menor valor de fechamento desde dezembro de 2024. Este movimento ocorre em um cenário de baixa liquidez, intensificado pela ausência de negociação plena nos mercados dos Estados Unidos devido ao dia de luto em memória do ex-presidente Jimmy Carter.
Exportadores e investidores estrangeiros demonstraram interesse renovado no mercado brasileiro, particularmente em papéis de renda fixa. No leilão do Tesouro Nacional, houve grande demanda por títulos prefixados, com destaque para as NTN-F e LTNs, cujas vendas somaram quase R$ 10 bilhões. Especialistas apontam que a forte procura por esses ativos foi um fator determinante para a valorização do real. O fluxo de divisas externas sugere um aumento de confiança nos ativos brasileiros, especialmente neste início de ano.
No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas fortes, operou em leve alta, refletindo incertezas relacionadas a políticas fiscais e monetárias nos Estados Unidos e no Reino Unido. A expectativa de protecionismo econômico e cortes de impostos pelo governo americano pode influenciar decisões futuras do Federal Reserve. Amanhã, o mercado estará atento ao relatório de emprego nos EUA, que deve oferecer pistas sobre os próximos passos na política monetária do país.