O dólar sofreu uma queda significativa após a divulgação de uma notícia de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, não implementaria tarifas comerciais agressivas logo após sua posse. O índice da Bloomberg, que acompanha o desempenho da moeda, ampliou as perdas para quase 1%, alcançando a maior queda diária desde agosto de 2023. A decisão de Trump de adiar a imposição de novas tarifas no primeiro dia de seu mandato gerou um alívio nos mercados, especialmente nas moedas do Grupo dos Dez (G-10), que se valorizaram com a liquidez mais reduzida devido ao feriado nos EUA.
O euro liderou a alta entre as moedas, subindo 1,3% para US$ 1,0405, sua maior valorização diária desde novembro de 2023. Outras moedas como o dólar canadense e as da Nova Zelândia e Austrália, frequentemente associadas ao apetite por risco, também registraram ganhos. Esse movimento foi amplificado por especulações no mercado, que já haviam levado os traders a aumentar suas apostas em um dólar mais forte, elevando o risco de grandes oscilações caso essas posições fossem desfeitas.
As expectativas para a administração de Trump seguem elevadas, com mercados aguardando novos anúncios de políticas. Contudo, analistas alertam para o risco de frustração caso o presidente não consiga cumprir suas promessas, o que poderia gerar mais alívio aos mercados. O cenário foi ainda influenciado pela conversa de Trump com o presidente chinês, Xi Jinping, que contribuiu para reduzir as tensões comerciais entre as duas nações e impulsionou o apetite por ativos de risco.