Dois anos após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o governo brasileiro realizou uma cerimônia de reintegração de 21 obras de arte ao acervo da Presidência da República, que haviam sido vandalizadas durante a invasão dos prédios por extremistas. O evento, que teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Janja, marcou a retomada dessas peças valiosas, com destaque para o restauro de itens como um relógio do século XVII e uma ânfora italiana. A cerimônia também foi uma oportunidade para reforçar a importância da democracia e da união contra tentativas de golpe.
A primeira-dama Janja, em seu discurso, enfatizou que a data não era de lamento, mas de celebração da democracia e do compromisso com a liberdade. Ela mencionou a continuidade da luta contra o autoritarismo e o papel da cultura e da diversidade como pilares para a proteção da democracia. O restauro das obras, que incluiu o relógio histórico e peças de arte de renomados artistas brasileiros, contou com a colaboração do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de parceiros internacionais, como a Suíça, que ajudaram a viabilizar a recuperação.
Após a cerimônia no Palácio do Planalto, Lula e outros representantes dos Três Poderes participaram de um ato simbólico conhecido como “abraço da democracia”, no qual movimentos sociais e apoiadores do governo também estiveram presentes. A iniciativa tem como objetivo consolidar a defesa da democracia e relembrar os eventos de janeiro de 2023, especialmente após revelações sobre tentativas de obstruir a posse presidencial. O evento, além de restaurar as obras, busca reafirmar o compromisso com a preservação dos valores democráticos no Brasil.