Dois anos após os ataques de 8 de janeiro de 2023, que invadiram prédios governamentais e danificaram diversas obras de arte, o governo brasileiro promoveu a reintegração de 21 peças restauradas ao acervo da Presidência da República. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, marcou a recuperação dos itens vandalizados durante os atos extremistas, que afetaram principalmente os gabinetes e áreas abertas do edifício. Entre as obras recuperadas, estão um relógio do século XVII e peças de artistas renomados como Di Cavalcanti e Marta Minujín.
A primeira-dama, em seu discurso, enfatizou a importância da união para a preservação da democracia e da cultura no país, destacando que as ações antidemocráticas não seriam toleradas. O restauro das obras foi financiado pelo governo, que destinou recursos significativos para o processo, incluindo ações educativas para escolas públicas e a criação de um livro sobre a recuperação. O embaixador da Suíça no Brasil também participou da cerimônia, destacando a colaboração internacional no restauro de um dos itens mais emblemáticos, o relógio do século XVII, realizado por uma empresa suíça.
Além das 21 obras restauradas, algumas peças não permanecerão no Planalto, sendo redirecionadas para a residência oficial do Palácio da Alvorada. O evento também contou com um simbolismo importante: após a reintegração das obras, Lula e outros líderes políticos participaram do “abraço da democracia”, um ato que reafirma o compromisso com os valores democráticos e a resistência contra tentativas de golpe. A cerimônia reforçou a importância da preservação tanto do patrimônio cultural quanto da estabilidade política do país.