Após dois anos dos atos de 8 de janeiro, o debate sobre as consequências dos ataques às sedes dos Três Poderes continua a dividir o cenário político brasileiro. A oposição ao governo atual critica o que chama de politização do episódio e destaca a necessidade de pacificação e igualdade no tratamento jurídico de casos semelhantes. O governo, por outro lado, promoveu um ato simbólico para relembrar os eventos, com foco na defesa da democracia e na restauração de obras danificadas durante os ataques.
No Congresso, a discussão sobre um projeto de anistia para os condenados pelos atos golpistas mantém o impasse entre oposição e base governista. Enquanto opositores defendem a aprovação e ampliação do perdão, a base aliada trabalha para barrar o avanço da proposta. Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal já proferiu 371 condenações, incluindo penas severas para crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, com processos adicionais ainda em andamento.
O governo federal realizou um evento em memória aos dois anos do ocorrido, reforçando o compromisso com a democracia e buscando promover união. A programação incluiu cerimônias simbólicas, como a recepção de obras restauradas e o “Abraço da Democracia” com a participação de representantes dos Três Poderes. Apesar disso, o episódio segue gerando debates acalorados sobre os rumos da política, da justiça e da normalidade democrática no país.