Os orixás regentes de 2025 foram definidos nas primeiras horas de 1º de janeiro, através dos jogos de búzios, conforme as tradições afro-brasileiras. Na nação Ketu, que é a mais praticada no Brasil, os orixás que regerão o ano serão Yemọja e Òṣun. Já na tradição Angola, que possui influências bantu, os orixás escolhidos foram Kaiala e Ndandaluunda. Para a nação Jejê, que venera os Voduns e tem Mawu como Deus maior, os regentes serão Azli Kaia e Azli Tobosi. Essas divindades simbolizam a abundância e o equilíbrio, trazendo prosperidade, mas também exigem respeito à natureza.
De acordo com Leonel Monteiro, presidente da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (AFA), o ano de 2025 promete ser um período de fartura, especialmente em relação à alimentação. No entanto, ele alerta para a importância de respeitar a natureza, já que o desrespeito e a poluição, especialmente da água, podem acarretar sérios problemas, como enchentes e outros eventos naturais extremos. O equilíbrio entre os seres humanos e o meio ambiente será essencial para que a abundância seja vivenciada de maneira positiva.
O presidente da AFA também corrigiu uma ideia equivocada sobre o orixá regente. Embora muitas pessoas associem a divindade ao orixá homenageado no primeiro dia do ano, baseado no dia da semana em que o ano começa, Monteiro explicou que os orixás regentes são revelados apenas através dos jogos de búzios, e não têm relação com a tradição de veneração diária dos orixás. Esse esclarecimento reflete a necessidade de compreensão e respeito pelos fundamentos ancestrais para a preservação e continuidade das tradições espirituais.