De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, a dívida bruta do Brasil encerrou 2024 em 76,1% do Produto Interno Bruto (PIB), um aumento de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior, totalizando R$ 9 trilhões. Esse aumento gerou preocupações no mercado financeiro, com uma projeção de que, até 2028, a dívida pode atingir 83,1% do PIB. A elevação da dívida é atribuída principalmente à incorporação de juros nominais e à desvalorização da moeda, fatores que seguem pressionando as contas públicas.
No entanto, em dezembro de 2024, a dívida bruta teve uma queda temporária, devido a uma venda recorde de dólares pelo Banco Central, o que levou à redução das reservas internacionais. Por outro lado, a dívida líquida do Brasil alcançou 61,1% do PIB, totalizando R$ 7,2 trilhões, refletindo uma trajetória mais moderada. O déficit primário do setor público consolidado também apresentou uma queda significativa, indo de R$ 249,1 bilhões em 2023 para R$ 47,6 bilhões em 2024, com um superávit de R$ 15,7 bilhões registrado em dezembro, em parte pelo desempenho positivo do governo.
Esses números indicam um cenário econômico desafiador para o Brasil, que enfrenta a necessidade de ajustes fiscais e a adoção de medidas que possam garantir a sustentabilidade da dívida pública. O aumento da dívida, somado ao déficit primário, continua sendo uma preocupação para analistas e investidores, enquanto o governo busca alternativas para equilibrar as finanças e evitar um endividamento excessivo nos próximos anos.