No Distrito Federal, escolas privadas já começaram a implementar medidas para restringir o uso de celulares nas aulas. Algumas instituições, como em Taguatinga, instalou bolsões onde os alunos devem depositar os aparelhos, com a retirada permitida apenas no final da aula. A medida segue uma expectativa em relação à regulamentação do Ministério da Educação (MEC), que ainda não foi publicada, mas que deve determinar as diretrizes para o controle do uso de celulares nas escolas. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe) aguarda orientações do MEC para definir a aplicação da norma, que busca combater os efeitos negativos dos aparelhos na aprendizagem dos alunos.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal também aguarda as diretrizes nacionais, com a expectativa de que a legislação federal sobre o uso de celulares nas escolas seja implantada até o fim de janeiro. Essa lei, sancionada em janeiro, proíbe o uso de celulares durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares, mas permite seu uso em situações pedagógicas ou emergenciais. A regulamentação deve detalhar as responsabilidades das escolas e professores no cumprimento da norma, com algumas divergências sobre quem deve fiscalizar o cumprimento da medida.
Embora a nova legislação tenha como objetivo minimizar os impactos negativos dos celulares no rendimento escolar, como o acesso inadequado à internet e a distração dos alunos, ainda há debate sobre a eficácia dessa restrição e a necessidade de uma abordagem mais equilibrada em relação ao uso da tecnologia no ambiente educacional. Além disso, a proibição nas escolas não abrange o uso de celulares nos intervalos e recreios, o que deixa espaço para discussões sobre os limites dessa regulamentação.