Neste sábado (1º), o Congresso Nacional realizará as eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, com sessões programadas para as 10h e 16h, respectivamente. A votação será secreta, conforme estabelecido pela Constituição e os regimentos internos de ambas as casas. No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é o grande favorito, contando com amplo apoio de partidos e senadores. Ele busca retomar o cargo de presidente da Casa, que já ocupou entre 2019 e 2021, e promete atuar como moderador entre os interesses do Executivo e Legislativo. Alcolumbre tem apoio de 76 senadores, ou 94% da Casa, o que torna sua eleição praticamente certa, apesar de alguns desafios relacionados à distribuição de emendas parlamentares.
Na disputa pela presidência da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) se destaca como favorito, especialmente por seu apoio do Centrão e de 18 partidos, incluindo PL e PT. Motta, com 35 anos, pode se tornar o presidente mais jovem da história da Câmara e tem a promessa de manter um governo de diálogo entre base governista e oposição. Sua candidatura é consolidada pela experiência em comissões importantes e por sua habilidade em construir consensos. Porém, ele enfrenta concorrentes como Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que busca uma gestão progressista voltada à defesa dos direitos humanos e ao combate às desigualdades sociais, e Marcel van Hattem (Novo-RS), que se posiciona como uma alternativa de oposição ao Centrão, propondo maior transparência e reformas no Congresso.
A eleição no Senado e na Câmara ocorre em um momento de articulações políticas intensas, com candidatos disputando o apoio de partidos e buscando fortalecer suas bases. O cenário é marcado por uma fragmentação das candidaturas, com adversários tentando ampliar suas alianças para desafiar os favoritos, que dominam o apoio político. A votação, embora ainda aberta, deve refletir a capacidade de articulação de cada candidato e suas promessas de governança dentro do Congresso nos próximos dois anos.