A prisão de Enrique Márquez, ex-candidato à presidência da Venezuela, intensificou a crise política no país, que já enfrentava tensões após a reeleição de Nicolás Maduro em 2024. Márquez foi acusado de articular um golpe de Estado e um governo paralelo a partir de uma embaixada no exterior. A detenção foi denunciada por sua esposa e gerou forte repercussão internacional, incluindo críticas do presidente da Colômbia, que também mencionou a prisão de um defensor de direitos humanos no contexto das ações governamentais.
O governo Maduro defende a legitimidade das eleições, apontando que elas foram ratificadas pelas instituições nacionais, enquanto a oposição e parte da comunidade internacional denunciam irregularidades, como a ausência de auditorias e a falta de transparência na divulgação dos resultados. As eleições de julho de 2024 já haviam provocado protestos com saldo de mortes e prisões em massa, refletindo a polarização crescente no país.
No cenário internacional, líderes e organismos têm chamado atenção para os direitos humanos na Venezuela, mas também evitam interferências diretas nos assuntos internos do país. Enquanto a oposição busca deslegitimar o governo de Maduro, incluindo acusações de fraude eleitoral, o governo exige respeito às decisões judiciais e soberania nacional, agravando o impasse político e social no país.