Os discursos de posse dos presidentes dos Estados Unidos carregam uma longa tradição histórica e simbolizam os objetivos e compromissos de cada governo. A prática começou com George Washington, em 1789, e seu segundo discurso, em 1793, tornou-se o mais curto da história, com apenas 135 palavras. Na ocasião, ele destacou a honra de liderar o país e reforçou o compromisso com a Constituição, afirmando que estaria sujeito a punições caso cometesse erros em sua administração.
Ao longo dos anos, os discursos de posse evoluíram em duração e formato, com o mais longo sendo proferido por William Henry Harrison, que falou por mais de duas horas em 1841. Em termos de inovação tecnológica, o discurso de Warren G. Harding, em 1921, foi o primeiro amplificado por alto-falantes, enquanto Calvin Coolidge teve seu discurso transmitido pelo rádio em 1925. Já Harry S. Truman, em 1949, foi o primeiro a fazer uso da televisão, marcando o início de uma era mais midiática para essas cerimônias.
Em tempos recentes, os discursos refletem não apenas os planos políticos, mas também o impacto das mídias sociais. A posse de Donald Trump, em 2017, alcançou milhões de pessoas por meio de plataformas digitais e ressaltou um tom populista ao transferir o foco do poder para o povo. Esses discursos permanecem como marcos de transição democrática e um termômetro dos valores e prioridades de cada período presidencial nos EUA.