O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que a prisão do ex-presidente pode ser solicitada se os requisitos legais forem atendidos, destacando que o relatório final da PF aponta o ex-presidente como líder de uma possível trama golpista. O relatório, que foi enviado à Procuradoria-Geral da República, inclui provas substanciais, como depoimentos, colaboração premiada e análise de dados, e descreve a participação do ex-presidente como organizador de ações que visavam impedir a posse do atual presidente. No entanto, Rodrigues ressaltou que qualquer decisão sobre prisão cautelar dependerá de fatores como risco de fuga ou obstrução de Justiça.
Rodrigues também esclareceu que a investigação não encontrou elementos suficientes para indiciar a ex-primeira-dama e o deputado federal mencionado em delação premiada, destacando que a colaboração é apenas um dos instrumentos para obtenção de provas. O relatório da PF, concluído em novembro de 2024, indiciou o ex-presidente e outras 39 pessoas, mas nem todos os envolvidos foram formalmente acusados devido à falta de provas concretas.
O diretor-geral reforçou que investigações dessa magnitude demandam tempo e análise criteriosa, descartando qualquer tipo de pré-julgamento. Ele também afirmou que a Polícia Federal continuará a conduzir a investigação de maneira isenta e responsável, com o compromisso de assegurar que a apuração seja realizada com base em evidências sólidas e sem pressões externas.