O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que não foram encontradas provas suficientes para indiciar a ex-primeira-dama e o deputado federal no inquérito que investiga uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. De acordo com Rodrigues, embora os nomes dos dois tenham sido mencionados na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, os elementos apurados pela Polícia Federal não foram suficientes para sustentar as acusações contra eles. O diretor também destacou que a delação, por si só, não é suficiente para fundamentar uma acusação, sendo necessário cruzar as informações com outros depoimentos e provas.
Rodrigues também comentou o indiciamento do ex-presidente como figura central na articulação do que foi descrito como uma tentativa de manter seu grupo político no poder. O relatório da Polícia Federal, enviado à Procuradoria-Geral da República, foi baseado em provas robustas, como depoimentos e documentos apreendidos, e apresentou uma conclusão firme, sem se basear em convicções pessoais dos investigadores. O diretor enfatizou que a Polícia Federal tem atuado com imparcialidade e seriedade, criticando práticas do passado, como as apresentações de PowerPoint, que sugeriam pré-julgamento.
Em relação à prisão do ex-presidente, Rodrigues afirmou que qualquer decisão sobre o tema depende exclusivamente de requisitos legais e decisões judiciais, sem espaço para pressões externas. Ele também ressaltou que a Polícia Federal está preparada para cumprir quaisquer determinações judiciais, mas sempre respeitando os processos legais e evitando ações arbitrárias. Quanto à continuidade das investigações, o diretor explicou que, devido à complexidade e à importância do caso, o processo demandará tempo e análise criteriosa para garantir uma condução isenta e responsável.