O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o diplomata e economista André Corrêa do Lago será o presidente da COP 30, marcada para novembro em Belém. Com experiência nas negociações climáticas, Corrêa do Lago foi um dos principais representantes do Brasil nas últimas cúpulas e atualmente é secretário de clima, energia e meio ambiente do Ministério das Relações Exteriores. Ele terá o desafio de gerenciar o evento enquanto lida com mudanças significativas na política ambiental dos Estados Unidos, especialmente após a eleição de Donald Trump.
A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a intensificação da exploração de combustíveis fósseis pelo governo Trump representam um obstáculo considerável para a COP 30. O foco da cúpula será avançar na implementação de políticas para conter o aquecimento global, especialmente com o objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes. O Brasil busca garantir a continuidade de compromissos como a meta coletiva qualificada, que visa financiar projetos climáticos em países em desenvolvimento, com a previsão de arrecadar até US$ 300 bilhões por ano até 2035.
Apesar das dificuldades, Corrêa do Lago expressou a necessidade de um pacto nacional para alinhar os interesses do Brasil durante a cúpula, destacando o impacto significativo das decisões do governo dos EUA na preparação do evento. O Brasil, por sua vez, pretende fortalecer redes de financiamento climático global e promover um diálogo entre nações para avançar no combate às mudanças climáticas. O sucesso da COP 30 dependerá de uma colaboração internacional robusta, mesmo diante das tensões políticas e econômicas globais.