O Brasil está repensando sua estratégia diplomática frente aos desafios globais, com foco na ampliação de contatos com a União Europeia, especialmente com a Alemanha e a França, e no estreitamento de laços com a China e a Índia, membros do Brics. O governo brasileiro vê uma oportunidade para que países emergentes desempenhem um papel fundamental na busca por estabilidade e desenvolvimento econômico em um cenário mundial cada vez mais instável.
A administração de Donald Trump, que assume em 2025 com uma proposta de narrativa expansionista, está fazendo diplomatas de diversos países reavaliar suas estratégias. No caso do Brasil, ainda não há sinais claros de radicalização por parte dos Estados Unidos, mas os assessores de Lula já planejam uma resposta que fortaleça a defesa da democracia. O Brasil também buscará reforçar sua liderança em eventos globais, como a COP e o Brics, utilizando essas plataformas para reafirmar o movimento em defesa da democracia.
Além disso, questões relacionadas ao enfraquecimento dos laços entre os Estados Unidos e a Otan, impulsionadas por figuras como Elon Musk e Mark Zuckerberg, também estão no radar diplomático brasileiro. A preocupação é que, se as propostas de Trump forem implementadas, os Estados Unidos possam perder sua posição de referência democrática global, o que abriria espaço para a ascensão de outros países, como os emergentes, que buscam expandir sua influência em um contexto global cada vez mais fragmentado.