Em 2025, o Banco de Leite Humano (BLH) de Goiânia registrou uma queda de 44% nas doações de leite materno, o que tem gerado preocupações sobre o abastecimento das maternidades municipais da capital. O BLH, que coleta leite para atender bebês prematuros e aqueles que não podem mamar diretamente de suas mães, precisa de 120 litros mensais para manter o funcionamento adequado. A redução nas doações tem impactado as unidades, que contam com dois Postos de Coleta de Leite Humano (PCLH) na cidade.
O leite materno, considerado o padrão ouro por seu alto valor nutricional, é essencial para o desenvolvimento saudável dos bebês, especialmente os prematuros ou internados em UTIs neonatais. Além de proteger contra doenças e alergias, o leite materno diminui o risco de problemas crônicos na infância e na vida adulta. O coordenador do BLH, Sebastião Leite, destaca a importância de cada doação, esclarecendo que, muitas vezes, mitos como a produção insuficiente de leite ou a ideia de que ele seria de baixa qualidade impedem as mulheres de se tornarem doadoras.
Para se tornar doadora, as mães devem se cadastrar em uma das três maternidades municipais, onde passarão por uma entrevista e exames. Após o cadastro, o leite pode ser coletado diretamente na casa da doadora e armazenado por até seis meses. A iniciativa visa suprir a demanda das maternidades, que atualmente têm um estoque limitado, atendendo apenas às necessidades semanais. O BLH continua incentivando novas doações para garantir que mais bebês recebam o alimento essencial para sua saúde.