No dia 8 de janeiro, o Brasil comemora o Dia Nacional do Fotógrafo, em homenagem à chegada do primeiro daguerreótipo ao país, em 1840, como presente para o imperador D. Pedro II. Desde então, a fotografia evoluiu significativamente, mas permanece uma ferramenta fundamental para o registro de momentos históricos e a construção da memória visual, como destaca Joedson Alves, gerente executivo de Fotografia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A fotografia, além de seu valor artístico, tem desempenhado um papel essencial no jornalismo público, como uma forma de difundir informações de maneira acessível e gratuita.
Nos últimos anos, profissionais da EBC têm se destacado por seu trabalho fotográfico, sendo reconhecidos com importantes prêmios. Em 2024, o fotojornalista Paulo Pinto foi premiado com o 46º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, pela foto que registrou uma manifestação do Movimento Passe Livre em São Paulo, contra o aumento das tarifas de transporte público. A imagem ilustra a repressão policial ao protesto, destacando a função da fotografia na denúncia de injustiças sociais e na preservação da memória coletiva.
A fotografia também se destaca no campo dos direitos humanos, como exemplificado pelos fotógrafos da Agência Brasil, Paulo Pinto e Fernando Frazão, que foram vencedores do 41º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. Pinto conquistou o primeiro lugar com sua foto “7×1”, que documenta a repressão policial durante a manifestação do Movimento Passe Livre, enquanto Frazão ficou em segundo lugar com a imagem “Tenho Minha Vida de Volta”, que mostra o reencontro emocionante de um jovem com sua família após ser libertado de uma prisão injusta. Esses reconhecimentos demonstram a importância da fotografia como um instrumento de denúncia e de promoção dos direitos humanos no Brasil.