O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) iniciou uma investigação sobre a autoescola Barros, localizada em Tatuí, após o fechamento repentino das suas portas, o que deixou alunos e funcionários prejudicados. O fechamento ocorreu sem aviso prévio, após os representantes da autoescola não comparecerem a um exame prático em 14 de janeiro, e com relatos de alunos que não conseguiam mais entrar em contato com a empresa. O Detran informou que a interrupção das atividades sem notificação é considerada irregular, e que qualquer aluno afetado pode transferir suas aulas para outra autoescola sem a necessidade de refazer etapas já concluídas no processo de habilitação.
Além disso, os alunos que se sentirem lesados podem buscar reembolso junto ao Procon-SP, visto que os valores pagos pelas autoescolas são de responsabilidade dos estabelecimentos, e não do Detran, que apenas recolhe taxas relativas aos exames. A investigação também envolve a apuração de irregularidades trabalhistas, com funcionários da autoescola alegando falta de pagamento de salários e benefícios, como a segunda parcela do 13º salário e o vale-refeição. As vítimas registraram boletins de ocorrência por possíveis fraudes e estelionato, e o Detran estuda adotar medidas cautelares para proteger os direitos dos consumidores.
A situação da autoescola é ainda mais complexa, pois, de acordo com informações da ex-proprietária, a empresa foi vendida, mas questões legais sobre a transferência da administração ainda não foram resolvidas. A nova gestão, que assumiu a responsabilidade pela autoescola, também não se pronunciou adequadamente, conforme revelaram as investigações. Enquanto isso, os alunos e funcionários seguem buscando soluções para os prejuízos financeiros e a falta de resposta por parte da administração da autoescola, com a polícia e o Detran ativamente investigando o caso.