O balanço divulgado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) aponta que 162 detentos do regime semiaberto não retornaram aos presídios do Vale do Paraíba após a saída temporária de fim de ano. Essa ausência equivale a 5,11% dos 3.173 presos que receberam o benefício. A saída temporária, prevista para promover a ressocialização e o vínculo familiar dos detentos, ocorreu entre 23 de dezembro e 3 de janeiro. Aqueles que não retornaram são considerados foragidos e perdem o direito ao regime semiaberto, sendo transferidos para o regime fechado se recapturados.
Na região, cidades como Tremembé e Caraguatatuba registraram os maiores números de presos beneficiados, com Tremembé concentrando 126 dos casos de não retorno. Em contrapartida, outras localidades, como Taubaté, não tiveram saídas temporárias neste período. Dados históricos mostram que o percentual de não retorno nas saídas temporárias na região varia entre 4% e 7,3%, dependendo do ano e do período específico. O benefício segue critérios rigorosos, incluindo o cumprimento de parte da pena e bom comportamento do detento.
O sistema prevê quatro saídas temporárias anuais no estado de São Paulo, em março, junho, setembro e dezembro, com prazos e condições específicas para cada uma. Apesar de sua importância para a reintegração social, o benefício é condicionado à disciplina do preso. Ocorrências dentro do presídio podem adiar ou até impedir a concessão do direito, reforçando a necessidade de reabilitação comportamental como requisito essencial.