Uma pesquisa recente sobre a gestão de despesas nas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras revela que muitas delas ainda adotam métodos tradicionais para controlar suas finanças. Cerca de 39% dessas empresas utilizam ferramentas manuais, como planilhas e cadernos, para registrar entradas e saídas de recursos. Entre os microempresários, esse número é ainda mais elevado, chegando a 45%. As principais razões para a manutenção dessas práticas são o custo percebido das soluções tecnológicas e a familiaridade com os métodos tradicionais, que continuam sendo considerados mais práticos por uma grande parte dos empreendedores.
O levantamento, realizado entre novembro e dezembro de 2024, também aponta que as planilhas são o recurso mais utilizado (65%) pelos empresários de menor porte no Brasil, seguidas por aplicativos e extratos bancários (52%). Além disso, 38% dos entrevistados afirmam que não veem necessidade de adotar ferramentas automatizadas de gestão, com uma resistência maior observada nas regiões Norte e Nordeste, onde 70% e 67% dos empresários, respectivamente, preferem seguir com as práticas manuais. Já no Sul do país, a proporção de quem rejeita as plataformas de gestão é de 55%.
Para incentivar a adoção de soluções tecnológicas, os empresários destacam a importância de características como custo-benefício (49%), simplicidade na linguagem (39%) e suporte acessível (36%). Apesar dos desafios enfrentados na transição para o digital, o estudo sugere que um bom planejamento e a oferta de soluções mais acessíveis podem ajudar a impulsionar a transformação digital nas MPMEs brasileiras. A pesquisa foi conduzida pela Conta Simples e pela Visa, com a participação de 1.524 empresários de todo o Brasil.