O Brasil está entre os países com maior consumo de medicamentos no mundo, incluindo produtos como anticoncepcionais, analgésicos e anti-inflamatórios. No entanto, o descarte inadequado desses produtos representa um grande risco ambiental e à saúde pública. Medicamentos em desuso, quando descartados de maneira incorreta, podem contaminar solo e águas, afetando não apenas o meio ambiente, mas também seres humanos e animais. O problema se agrava quando os medicamentos são descartados no lixo comum, expondo a população a substâncias químicas perigosas.
A legislação brasileira já prevê a regulamentação para o descarte de medicamentos por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos e do Decreto n.º 10.388/2020, que obriga as empresas do setor farmacêutico a implementarem sistemas de logística reversa. Esses sistemas incluem a coleta, neutralização e incineração de substâncias químicas de maneira controlada. A farmacêutica Dra. Carolina Canelles reforça a importância de descartar medicamentos apenas em locais autorizados, como farmácias, postos de saúde e drogarias, a fim de evitar danos ao meio ambiente.
Para um descarte correto, a população deve seguir algumas orientações práticas. A primeira delas é buscar farmácias que realizem o recolhimento de medicamentos vencidos ou em desuso. Itens como agulhas e lancetas devem ser descartados em recipientes adequados, como garrafas PET lacradas, e não em locais inadequados como pias ou vasos sanitários. Além disso, materiais recicláveis como caixas e bulas devem ser separados corretamente e enviados para a reciclagem. O cumprimento dessas orientações ajuda a reduzir os impactos negativos e a proteger o meio ambiente.