O Brasil tem enfrentado um aumento expressivo no número de desastres relacionados ao clima, de acordo com um estudo da Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica, realizado com apoio do governo e da Unesco. Entre 2020 e 2023, a média anual de eventos climáticos extremos quase dobrou em relação às duas décadas anteriores, passando de 2.073 para 4.077 incidentes por ano. Esses fenômenos incluem secas, enchentes, tempestades, temperaturas extremas, ciclones e deslizamentos de terra, apontando para uma escalada preocupante na frequência e intensidade dos desastres.
O estudo também destacou a ligação entre esses eventos e o aquecimento da temperatura da superfície dos oceanos, reforçando a urgência em combater os efeitos das mudanças climáticas. O impacto econômico dos desastres é significativo, totalizando R$ 547,2 bilhões entre 1995 e 2023. Esses prejuízos reforçam a necessidade de ações que aumentem a resiliência socioeconômica do país, buscando mitigar os danos causados por esses eventos climáticos extremos.
Especialistas enfatizam que medidas urgentes e abrangentes são essenciais para lidar com os desafios impostos pelo aumento dos desastres climáticos no Brasil. A adaptação às novas realidades, através de políticas públicas e iniciativas sustentáveis, é vista como um passo fundamental para minimizar os impactos econômicos, sociais e ambientais gerados pelas mudanças climáticas.