Em julho de 2024, a morte de mais de 253 mil peixes no Rio Piracicaba, especificamente na Área de Proteção Ambiental do Tanquã, causou um grande impacto ambiental e econômico na região. O evento foi considerado a maior mortandade de peixes já registrada no local, com a poluição resultando em baixos níveis de oxigênio na água, afetando diretamente a fauna aquática. Além disso, o desastre gerou uma multa significativa à empresa responsável, embora ela negue a culpa pela tragédia.
Os pescadores da área enfrentam dificuldades financeiras desde o ocorrido, já que a pesca, sua principal fonte de sustento, foi severamente afetada. O governo local distribuiu cestas básicas e ofereceu um crédito emergencial, mas os benefícios foram insuficientes para cobrir as necessidades básicas da população afetada. Muitos pescadores precisaram buscar alternativas de trabalho, realizando tarefas como limpeza de ranchos ou trabalhos temporários para garantir a sobrevivência.
Enquanto o governo federal ainda não pagou o seguro defeso devido, a prefeitura tem tentado amenizar a situação com medidas temporárias, como a distribuição de peixes recém-nascidos na tentativa de repovoar o rio. Contudo, a recuperação da fauna aquática deve levar anos, e o futuro dos pescadores continua incerto, com uma expectativa de até nove anos para a completa regeneração dos recursos pesqueiros locais.