As pesquisas de opinião na Alemanha mantêm Friedrich Merz como o provável próximo chanceler, liderando uma coalizão entre democratas-cristãos (CDU/CSU) e social-democratas (SPD). O novo governo deve assumir ainda na primeira quinzena de maio, enfrentando a tarefa urgente de organizar dois orçamentos consecutivos para os anos fiscais de 2025 e 2026, em um cenário de desafios fiscais significativos.
Dentre os obstáculos, destaca-se a possível decisão do Tribunal Constitucional sobre um imposto de reunificação, o que pode gerar um déficit adicional de 12 bilhões de euros em 2025. Esse cenário fiscal adverso reflete os mesmos problemas que contribuíram para a queda do governo anterior, sinalizando que a estabilidade orçamentária será um dos maiores testes para a nova gestão.
As intenções de voto permanecem praticamente inalteradas desde a dissolução da coalizão liderada por Olaf Scholz em novembro, com a CDU/CSU acima de 30%. O SPD e o Alternativa para a Alemanha (AfD) competem pelo segundo lugar, com índices próximos a 17% e 19%, respectivamente. Essa estabilidade nas pesquisas sugere que o eleitorado já consolidou suas preferências, moldando o contexto político para a próxima administração.