A produção de petróleo tem avançado mundialmente, com destaque para os Estados Unidos, que registraram um recorde de 13,46 milhões de barris por dia em outubro de 2024, mais que dobrando sua produção em duas décadas. Esse crescimento é atribuído a investimentos em tecnologia, inovação e uma estrutura regulatória favorável, especialmente na exploração de petróleo de xisto. Em contraste, o Brasil, apesar de ser o sétimo maior produtor global e contar com o potencial do Pré-Sal, enfrenta desafios como baixa diversificação de players, regulamentação lenta e dependência de reservas offshore, que elevam custos e dificultam o crescimento.
O setor de óleo e gás brasileiro representa cerca de 10% do PIB industrial e lidera as exportações nacionais, com destaque para óleos brutos de petróleo. O Pré-Sal é o principal motor da produção, representando 80% do total nacional, mas especialistas alertam que as reservas atuais garantem apenas 12 a 13 anos de produção no ritmo atual. Enquanto isso, novas fronteiras de exploração, como as bacias de Pelotas e da Margem Equatorial, estão sendo estudadas, mas enfrentam entraves regulatórios e resistência ambiental, dificultando a expansão do setor.
A transição energética global também impõe desafios ao Brasil, que busca equilibrar sustentabilidade com a manutenção da relevância no mercado de petróleo. A indústria nacional precisa superar barreiras regulatórias e investir mais em tecnologia para garantir competitividade e autosuficiência no longo prazo. Especialistas apontam que o país deve manter a produção eficiente, de qualidade e com baixa emissão, assegurando sua posição como player estratégico no cenário energético global.