O desabamento da ponte JK, que liga Maranhão a Tocantins, resultou na queda de caminhões e substâncias perigosas, como 76 toneladas de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, no rio Tocantins. O acidente, ocorrido em 22 de dezembro, causou a morte de 14 pessoas, com três ainda desaparecidas. A Marinha do Brasil e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) seguem trabalhando no local, enfrentando dificuldades devido à correnteza e ao risco ambiental representado pelo vazamento do ácido. O IBAMA relatou que o vazamento foi pequeno, mas que a operação de resgate e retirada dos tanques pode demorar até um mês.
Apesar da gravidade do acidente, a carga de ácido sulfúrico não teria sido totalmente derramada, com o material ainda não causando grandes impactos no meio ambiente, segundo autoridades. As equipes de resgate, no entanto, enfrentam desafios devido à correnteza do rio e à abertura das comportas da hidrelétrica de Estreito, que pode ter arrastado corpos e outros materiais para longe do local do incidente. A situação é agravada pela dificuldade de identificar as vítimas e localizar os desaparecidos, com os corpos sendo enviados para exames de DNA.
A tragédia levou a cidade de Estreito, onde a ponte desabou, a decretar situação de emergência devido ao impacto nas atividades econômicas locais, como a agricultura e a pesca, além da contaminação do rio. O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu a emergência, permitindo que o município solicite apoio federal. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está responsável pela reconstrução da ponte, com previsão de conclusão até dezembro de 2025.