A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de manter a proibição do ex-presidente Jair Bolsonaro de viajar para a posse de Donald Trump nos Estados Unidos gerou críticas, principalmente do deputado federal Eduardo Bolsonaro. Em declarações à imprensa, o deputado afirmou que a atitude de Moraes reflete uma tentativa de enfraquecer a oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, apontando que Bolsonaro, como principal opositor de direita, ainda mantém grande influência no cenário político brasileiro.
Eduardo Bolsonaro também sugeriu que o ministro do STF poderia enfrentar consequências internacionais, como a perda do visto para os Estados Unidos, caso sua conduta fosse vista como uma afronta a autoridades estrangeiras. O deputado fez referência a leis que podem levar ao cancelamento de passaportes de autoridades que abusem de seu poder, implicando que a atitude de Moraes poderia ser considerada uma violação das normas internacionais. O deputado, que está nos EUA para acompanhar a posse de Trump, foi questionado sobre uma possível ação formal contra o ministro, mas não deu detalhes de possíveis medidas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu passaporte apreendido em 2023 como parte de investigações sobre sua participação em eventos relacionados ao golpe de Estado de 2022. Apesar do recurso de seus advogados, o pedido de liberação do passaporte foi mantido por Moraes, seguindo orientação da Procuradoria-Geral da República. A decisão continua a gerar debates sobre o alcance das medidas judiciais no Brasil, especialmente no que diz respeito à liberdade de movimentos de figuras políticas.