O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, esclareceu sua ausência na cerimônia de posse de Donald Trump, realizada no Capitólio. Em uma publicação nas redes sociais, ele explicou que ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não puderam participar do evento devido à mudança de local da cerimônia, que foi transferida para a Rotunda do Capitólio. Por conta dessa alteração, apenas convidados selecionados, como parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, alguns ministros e chefes de Estado, puderam estar presentes no Capitólio. Outros convidados, incluindo o presidente do Paraguai, foram direcionados ao Capital One Arena, onde Trump assinou seus primeiros decretos e fez seu discurso inaugural.
Eduardo Bolsonaro também comentou que, caso seu pai tivesse sido liberado para viajar aos Estados Unidos, ele teria um lugar reservado na Rotunda do Capitólio, ao lado de outros líderes estrangeiros, como Javier Milei e Giorgia Meloni, pois seria tratado como Chefe de Estado. No entanto, devido à proibição de sua viagem, o ex-presidente não pôde comparecer, e o deputado e Michelle Bolsonaro foram direcionados aos outros eventos, como o Candlelight Dinner e o Starlight Ball, mais restritos, onde era esperada a presença de Trump e seus colaboradores próximos.
Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro segue com dificuldades para deixar o país. Seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado, e uma tentativa recente de reaver o documento foi negada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma manifestação, Bolsonaro afirmou que considera a decisão inacreditável e expressou seu desagrado, mencionando que poderia “fugir” do país, embora o contexto de suas declarações esteja relacionado à investigação em curso.