A deputada Erika Hilton, do PSOL de São Paulo, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) que investigue a Meta, empresa controlada por Mark Zuckerberg, devido a recentes mudanças em suas políticas de moderação de conteúdo. O novo modelo adotado pela Meta relaxa a checagem de fatos e dá mais poder aos usuários para corrigir informações falsas nas plataformas, o que, segundo a deputada, pode favorecer a disseminação de discursos de ódio e fake news, especialmente contra minorias. Hilton argumenta que essas alterações violam direitos fundamentais de grupos vulneráveis, como a comunidade LGBTQIA+, e colocam em risco sua segurança.
A solicitação da deputada se baseia em tratados internacionais aprovados pela ONU, como o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos e a Declaração sobre os Direitos das Pessoas Pertencentes a Minorias. Hilton sustenta que, ao afrouxar as políticas internas, a Meta pode ser vista como cúmplice na propagação de conteúdos discriminatórios, o que contraria a legislação brasileira, que protege os direitos dessas populações. Ela solicita à ONU que notifique a empresa e exija esclarecimentos sobre as novas medidas e seus impactos para a comunidade LGBTQIA+.
A nova política da Meta foi inicialmente testada nos Estados Unidos e promete substituir a checagem centralizada de informações por um sistema em que os próprios usuários terão maior responsabilidade de adicionar contexto às postagens. Essa mudança, na visão de Hilton e especialistas, pode intensificar a desinformação nas plataformas digitais, comprometendo ainda mais a segurança e os direitos dos grupos mais afetados por discursos de ódio. A deputada defende uma ação urgente da ONU para evitar novos danos e proteger os direitos humanos.