Um avião fretado pelos Estados Unidos com 88 imigrantes ilegais brasileiros foi forçado a fazer uma parada em Manaus após um problema técnico. Durante o voo, os passageiros foram algemados nas mãos e com correntes nos pés, o que gerou desentendimentos devido à falta de funcionamento do ar-condicionado. Ao desembarcar em Manaus, as autoridades brasileiras, por meio da Polícia Federal, determinaram que as algemas fossem retiradas, uma vez que os deportados estavam em solo brasileiro e não representavam risco. Os agentes americanos tentaram manter as algemas, mas o governo brasileiro decidiu enviar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para completar a viagem de forma mais digna e segura.
Após a ordem do presidente Lula, o governo brasileiro providenciou alimentos e colchões aos deportados enquanto aguardavam o voo para Belo Horizonte. O transporte foi realizado em condições mais adequadas, sem as algemas, e o avião da FAB partiu de Manaus para o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, onde a previsão era que o grupo chegasse entre 21h e 21h30. O voo fazia parte de um acordo bilateral firmado entre os Estados Unidos e o Brasil em 2018, que continua em vigor, e é uma das diversas repatriações realizadas anualmente.
A operação de deportação ocorre em um contexto de voos regulares que trazem imigrantes ilegais de volta ao Brasil, com a maioria dos deportados sendo provenientes de estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso. A logística é planejada de forma centralizada no Aeroporto de Confins. Os deportados passam por procedimentos de imigração para verificar possíveis pendências, como mandados de prisão, e, caso não haja irregularidades, são liberados.