Desde 2020, os Estados Unidos deportaram mais de 7 mil brasileiros, com o maior número registrado em 2021, durante o primeiro ano do governo do ex-presidente Joe Biden. O número de deportações variou ao longo dos anos: em 2020 foram 1.138 casos, enquanto em 2021 o número subiu para 2.188 deportados. Nos anos seguintes, as deportações mantiveram-se em volumes relativamente menores, com 1.423 em 2022, 1.240 em 2023 e 1.648 em 2024. Em 2025, 88 brasileiros já foram repatriados, marcando o início das deportações sob a gestão do atual governo dos EUA.
A política de deportação de imigrantes ilegais, adotada pelos EUA, continua sendo um tema central no debate político, especialmente após as promessas feitas por Donald Trump durante sua campanha à reeleição. Durante os voos de deportação, a utilização de algemas é comum, embora a Polícia Federal do Brasil informe que, ao chegar ao país, os deportados não são considerados prisioneiros e as algemas são removidas. Recentemente, um incidente ocorreu durante uma escala em Manaus, onde deportados desembarcaram algemados após um desentendimento com a tripulação.
Em um cenário diplomático, a crise envolvendo a Colômbia foi destacada quando os EUA tentaram deportar cidadãos colombianos em aviões militares, mas o presidente colombiano, Gustavo Petro, proibiu a entrada das aeronaves no espaço aéreo do país. Após negociações, as duas nações chegaram a um acordo que permitiu o voo de deportados, com garantias de respeito aos direitos dos colombianos. A decisão gerou tensões diplomáticas, mas também ilustrou as complexas questões envolvendo políticas de imigração e direitos humanos em nível internacional.