Uma denúncia anônima desencadeou uma investigação da Polícia Federal sobre um esquema de pagamento de propinas envolvendo servidores públicos em Belém, Pará. O caso surgiu após a informação de um saque de mais de R$ 1 milhão da conta de uma empresa, com destino a cobrir subornos. A operação da PF, que seguiu o rastreamento do dinheiro, levou à apreensão de R$ 1 milhão em espécie e a identificação de possíveis envolvimentos com crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
O assessor parlamentar Jacob Aarão Serruya Neto, que trabalhava no gabinete de um deputado federal, foi exonerado após a revelação do esquema. Juntamente com o representante comercial Wandson de Paula Silva, ele foi conduzido para depor, mas ambos permaneceram em silêncio. A PF agora busca identificar os destinatários do montante, investigando possíveis conexões com a rede de corrupção no setor público. Ambos foram liberados após pagamento de fiança e devem cumprir medidas cautelares.
A investigação também aponta irregularidades em contratos públicos da empresa envolvida, A. C. da Silva Comércio de Gêneros, que venceu licitações no estado do Pará e obteve recursos federais em grande escala. Os investigadores suspeitam que a empresa tenha sido usada para lavar dinheiro, possivelmente por meio de um “laranja”. As autoridades aguardam o desenvolvimento das investigações, com o foco em identificar todos os responsáveis pelos crimes.