O Brasil enfrenta um aumento significativo do sorotipo 3 da dengue, particularmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Esse sorotipo não circulava de forma predominante no país desde 2008, o que gera preocupação entre as autoridades de saúde, pois grande parte da população ainda não foi exposta a ele, tornando-se suscetível à doença. Nos últimos meses de 2024, a mudança no padrão de circulação viral foi notada, com o sorotipo 1, predominante no ano, sendo superado pelo 3. A Secretaria de Vigilância em Saúde destacou a importância de monitorar essa mudança para ajustar as ações de prevenção.
Além da dengue, o Brasil enfrenta desafios com outras doenças transmitidas por mosquitos. Dados recentes indicam que os estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais também registraram alta incidência de Zika e Chikungunya. A previsão para 2025 sugere que, com o impacto do El Niño e a seca, a proliferação de mosquitos será favorecida, especialmente em regiões que apresentam altos índices de armazenamento inadequado de água. A combinação de fatores climáticos e ambientais aumenta a preocupação com o aumento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
A febre do Oropouche também é monitorada, com uma concentração de casos no Espírito Santo. Embora a doença tenha aparecido em outros estados, 90% dos registros estão concentrados nesse estado. Autoridades de saúde estão trabalhando para controlar a situação e evitar a propagação do vírus, enquanto se mantém atento à evolução das demais doenças arbovirais. A vigilância continua sendo uma prioridade para minimizar o impacto dessas enfermidades no país.