O Ministério da Saúde divulgou dados que mostram um aumento no número de casos de dengue no início de 2025, com destaque para o crescimento significativo no estado de São Paulo, que dobrou o número de casos em comparação ao mesmo período de 2024. O cenário é preocupante devido à circulação do sorotipo 3 do vírus, considerado um dos mais virulentos e com maior potencial de causar formas graves da doença. A detecção crescente desse sorotipo no país, especialmente no Sudeste, tem gerado preocupação, uma vez que a população não possui imunidade para ele.
No entanto, as regiões Norte e Nordeste mantêm números relativamente estáveis em relação ao ano anterior, com pequenas variações nos casos. Já no Centro-Oeste e Sul, houve uma redução significativa nos registros, especialmente devido à queda de casos em estados como o Distrito Federal, Goiás, Paraná e Santa Catarina. Apesar dessa diminuição, o aumento de mortes relacionadas à dengue também tem sido notado, com números elevados em estados como São Paulo, o que destaca a gravidade da situação.
O DENV-3, que circula novamente no Brasil após vários anos de ausência, é apontado como um dos principais fatores para o aumento da doença no país. A introdução deste sorotipo pode acarretar um cenário epidêmico, como ocorreu entre 2000 e 2002. As autoridades de saúde alertam para o risco de formas graves de dengue, especialmente em pessoas que já foram infectadas por outros sorotipos, o que aumenta a chance de complicações. O monitoramento constante e a conscientização sobre a prevenção continuam sendo fundamentais para o controle da doença.