Milhares de pessoas se reuniram na Praça dos Três Poderes, em Brasília, para reafirmar seu compromisso com a democracia e se opor a movimentos que buscam ameaçar a liberdade no Brasil. O ato teve como foco a rejeição a qualquer possibilidade de anistia para os envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023, evento que ainda é visto como uma violação grave da democracia. Diversos participantes, como Pedro Rodrigues, assessor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, enfatizaram a importância de combater o fascismo e defender a ordem democrática contra ações que colocam em risco as instituições do país.
Além da defesa da democracia, o evento também foi uma oportunidade para discutir temas como a união entre os brasileiros e o respeito às diferenças. Antônio Cunha, líder comunitário, destacou que o Brasil precisa buscar mais entendimento e convivência harmoniosa entre seus cidadãos, superando divisões políticas que, segundo ele, alimentaram tensões nos últimos anos. A professora Alba Valéria, indígena da etnia Tapuiá, relatou sua trajetória de transformação política e a importância do diálogo, destacando que, apesar das divergências dentro de sua própria família, a convivência respeitosa e a troca de ideias são fundamentais para a construção de um país mais unido.
Por fim, o ato também marcou a reflexão sobre os danos causados pela invasão aos Três Poderes e a necessidade de restaurar o patrimônio nacional. Luciene Galdino, ex-funcionária do Palácio do Planalto, celebrou a restauração de objetos danificados durante o ataque de 2023, lamentando a destruição do patrimônio e a tentativa de apagar a história do Brasil. A manifestação, apesar da chuva, reforçou o compromisso dos participantes com a preservação dos valores democráticos e a continuidade de um Brasil livre e soberano.