No primeiro semestre de 2024, um tenente-coronel, ex-integrante da equipe do ex-presidente, demonstrou insatisfação com os registros de seus depoimentos à Polícia Federal (PF). Em um áudio vazado, ele questionou a inserção de termos como “golpe” nos documentos oficiais, alegando que não havia usado tal palavra durante os interrogatórios. O oficial havia fechado um acordo de delação premiada com a PF, no qual forneceu informações sobre tentativas de golpe e outros fatos ilícitos.
Em seu depoimento inicial, realizado em agosto de 2023, o tenente-coronel mencionou que o ex-presidente se reunia com grupos de pessoas após a derrota eleitoral, incluindo radicais que buscavam influenciar suas ações. Entre os grupos, alguns defendiam teorias sobre fraudes nas urnas, enquanto outros propunham a criação de um braço armado para realizar ações que incluíam um possível golpe de Estado.
A discrepância entre os relatos de Cid e os registros oficiais gerou uma controvérsia, com o ex-integrante da equipe presidencial alegando que o termo “golpe” foi inserido sem que ele o tivesse utilizado. A situação destaca um possível problema na documentação de depoimentos, levantando questões sobre a precisão e a integridade das informações registradas pela PF durante investigações sensíveis.