O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez revelações importantes em sua delação premiada, divulgando detalhes sobre os movimentos políticos que ocorreram após as eleições de 2022. Segundo Cid, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro estavam entre os mais radicais do círculo próximo ao ex-presidente, defendendo ações drásticas para questionar o resultado eleitoral. Cid afirmou que os dois incentivaram Bolsonaro a tentar um golpe de Estado, atuando como interlocutores em conversas de instabilidade política.
A delação também descreveu a existência de três grupos distintos que cercavam Bolsonaro após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Um grupo de conservadores, liderado por figuras como o senador Flávio Bolsonaro, visava transformar o ex-presidente em líder da oposição. Outro grupo, considerado mais moderado, estava preocupado com as injustiças políticas, mas rejeitava qualquer intervenção radical. Por fim, havia um grupo radical dividido em dois núcleos, um que questionava a integridade das urnas e outro que defendia ações mais agressivas, incluindo o uso de forças armadas.
Em uma entrevista recente, Jair Bolsonaro comentou sobre as possibilidades eleitorais de seus filhos e da ex-esposa para as eleições de 2026. Ele expressou confiança nas habilidades políticas dos filhos, considerando-os preparados e aptos a disputar uma candidatura. Sobre Michelle, Bolsonaro não descartou sua candidatura à presidência e destacou que eventos internacionais, como sua participação na posse de Donald Trump, poderiam aumentar sua popularidade. A delação premiada de Mauro Cid continua a ser investigada pela Polícia Federal, que segue apurando os envolvidos nas tentativas de contestar o resultado eleitoral.