O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o déficit primário do Brasil em 2024 será de 0,1% do PIB, considerando apenas as despesas regulares do governo. No entanto, ao incluir os custos relacionados à recuperação do Estado do Rio Grande do Sul, o rombo fiscal deve atingir 0,37% do PIB. Essa previsão foi compartilhada em entrevista ao programa Estúdio I, da News, no dia 7 de janeiro.
O Congresso Nacional havia autorizado no ano anterior que os recursos destinados à calamidade no Rio Grande do Sul não fossem contabilizados no cálculo do cumprimento da meta fiscal para 2024, que visa um déficit primário próximo de zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. Essa exceção foi feita em virtude da gravidade da situação no estado e dos custos extraordinários necessários para a sua recuperação.
O número final do déficit primário ainda depende da confirmação do crescimento do PIB em 2023, cuja estimativa do governo é de uma alta entre 3,5% e 3,6%. A variação no PIB pode impactar os cálculos do déficit, já que uma performance econômica mais forte ou mais fraca alteraria os resultados fiscais. O mercado, por sua vez, projeta um crescimento de 3,4% para o ano passado.