O advogado de um parlamentar recentemente detido entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seu cliente fosse transportado de ambulância para realizar um exame médico de cateterismo. O pedido se baseia no fato de que, na última vez em que o parlamentar foi levado para exames, ele foi transportado de forma considerada degradante, algemado em um camburão. O advogado argumenta que esse tipo de transporte fere a dignidade humana e que seu cliente, de 64 anos, perdeu peso significativo desde sua detenção, o que agrava sua condição de saúde.
O pedido de transporte foi formalizado em uma petição no STF, que já havia autorizado anteriormente o procedimento de cateterismo, considerando a idade e o estado de saúde do parlamentar. A defesa também havia solicitado, em dezembro, a prisão domiciliar, mas a Procuradoria-Geral da República se manifestou contrária. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determinou que a defesa informasse detalhes sobre o exame com antecedência para que a escolta necessária fosse organizada.
O cateterismo é um procedimento invasivo utilizado para diagnosticar ou tratar doenças cardíacas e, embora tenha baixo risco de complicações, é necessário que seja realizado com cuidados especiais. O parlamentar está atualmente detido em uma penitenciária federal de segurança máxima, enquanto outro membro de sua família também se encontra preso em unidade similar, ambos envolvidos em investigações de grande repercussão no estado do Rio de Janeiro.