A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, representada pelo advogado Celso Vilardi, apresenta questionamentos sobre a validade das provas reunidas pela Polícia Federal no âmbito da investigação sobre uma suposta trama golpista. O advogado destaca que existem nulidades na delação do ex-ministro Mauro Cid e em outros elementos coletados pela PF, sugerindo que a inclusão de novos fatos no depoimento de Cid, dado ao ministro Alexandre de Moraes, pode comprometer a integridade das provas. A estratégia da defesa visa deslegitimar as evidências que levaram ao indiciamento de Bolsonaro e outras 39 pessoas, acusado de tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.
A investigação ganhou destaque após a invasão de prédios públicos em Brasília, por grupos considerados golpistas. Entre as evidências, a Polícia Federal indicou que Bolsonaro teria conhecimento de um plano para assassinar figuras públicas, além de apresentar um documento detalhando os assassinatos, supostamente impresso no Palácio do Planalto. Adicionalmente, uma minuta de um plano golpista foi apresentada ao alto comando das Forças Armadas após a derrota nas eleições de 2022, ampliando as suspeitas sobre a tentativa de desestabilizar o resultado eleitoral.
Outro ponto central da investigação é uma reunião ocorrida em julho de 2022 no Palácio do Planalto, onde o ex-presidente teria incentivado ações para influenciar o pleito, com um de seus assessores sugerindo uma virada antes da definição dos resultados. As ações descritas pela Polícia Federal fazem parte de um esforço maior para desmantelar possíveis esquemas de fraude e desinformação, envolvendo figuras do governo e aliados. A disputa sobre a validade dessas provas e depoimentos continua a ser um elemento importante no andamento do processo.